Um salve ao fundador da irmandade caraíba
Sujeito contraditório, indefinível por natureza
Tradutor da realidade, contraditória por si
Palavras que flutuam entre o real e o lúdico
Sofismas caraíbas
Em cada parágrafo a afirmação do que é a amizade
A coisa de pele, de toque... o face a face
Fundamentos da verdadeira cristandade
A ser pregada no púlpito de um buteco qualquer...
Nem santo nem pecador, apenas um jovem caraíba
A quem desejamos longa vida.
Um dia despreocupado
De sol intenso, no bairro do sol nascente
Nada de anormal em terra-paulis
Momento agradável com quem se ama
Com que se adora
Sabor oriental em bocas tupiniquins
Cidade de contradições, em meio a um chopp
Calor se verte em temor de mais uma inundação
Aperto no coração...
Nos olhos conhecidos, saudade de mais um instante presente
Seu rosto se perdendo na velocidade do metrô
Com um olhar bobo e sorriso melancólico também me vou...
Pele que anseia pelo toque
Numa angústia frenética
Impossibilidade momentânea
De dois, nos fazermos um...
São as caricias feitas de saudades
Lembranças de sua tez, momentos singulares
Portanto, afagos que são únicos
Exclusivos seus, de mais ninguém.
Na solidão contraditória
Sonhos nos quais me comprazo a ti
Fazendo dele o gozo mitigante
Alivio para a pele, que anseia pelo toque...
Apenas uma sombra
Observando pessoas na rua
Em suas vidas lépidas
Absortas em vã felicidade
(Auto-ilusão... Mera degeneração)
Pessoas que vêm e vão
Mas eu? Bem, permaneço...
Apenas uma sombra
Daquilo que um dia eu fui
Disso que já não sou....
Esgueirando-me por entre paredes...
[porta se entreabre]
...Observo o mundo externo
Lanço-me para fora, sem intento
Com meus medos e receios
Por entre sorrisos e abraços
Sou apenas uma sombra
A esmo...
Incólume ao torpor propagandístico
Noctívago no país das maravilhas.
Dias de sol, pós “filosofações”
Dias de chuva, pós batente
Caraíbagem sempre presente
Reunidos em volta da mesa
Cervejas!
Na pauta: questões existenciais
Politica e Futebol
Amores perdidos e novas expectativas
Queixas do dia-a-dia
De um Ônibus da Zona Sul
Um trem da Zona Leste...
Trivialidades que aprazem...
Two Beers or not two Beers. That is the Question!
Não se precisa de muito
Bebidas e um bom papo
Novos amigos ao redor
Dissipando as cinzas
Por um momento único
Eudaimonico!
Ébrios de cevada e alegria
Num pedantismo pueril
Sophós, Kara ' IB
Eis o que somos
Discutindo o que há entre o céu e a terra
Entre a conquista e o coito
Loiras, Morenas, Mulatas
Belezas da Terra-Paulis...
Tudo por um momento
No tempo...
De caraíbagem...
Único!
São João, São José, também São Marias e Antonias, santas; ou Beneditas, benditas!
Terra Brasilis, Terrae incognatae; terra dos excluídos.
Terra ardente, brasis, manchada de vermelho rubro
São corpos ao longo da planície, velhos, mulheres, crianças, índios e negros
Joãos, Josés, Marias e Antonias (massacrados); Belo Monte maculado em escarlate.
Às favas com suas demagogias. Nina, não lhe dou a mínima, não nos interessa seus conselhos
Temos nossos guias: São Zumbi, Lampião e Antônio: Conselheiros!
Terra Brasilis, periferia do mundo, lar de forasteiros
São ébrios nas artes, na vida: Ramalho, Gonzaga, Seixas, Bezerra e Jobim
São Chicos: De Holanda, da ciência... ave César!
Entre o ser e o não ser
Edenizados ou demonizados
Mojica ou Anchieta? Bem, aparências enganam...
Terra de contradições
Terra de paixões ardentes, brasis, brasa incandecente.
Gente de coragem: Joãos, Josés, Marias, Antônias, Beneditas... bendita seja esta terra: Brasilis o nome dela...