quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CARAÍBAGEM

Dias de sol, pós “filosofações”
Dias de chuva, pós batente
Caraíbagem sempre presente

Reunidos em volta da mesa
Cervejas!
Na pauta: questões existenciais
Politica e Futebol
Amores perdidos e novas expectativas
Queixas do dia-a-dia
De um Ônibus da Zona Sul
Um trem da Zona Leste...
Trivialidades que aprazem...
Two Beers or not two Beers. That is the Question!

Não se precisa de muito
Bebidas e um bom papo
Novos amigos ao redor
Dissipando as cinzas
Por um momento único
Eudaimonico!

Ébrios de cevada e alegria
Num pedantismo pueril
Sophós, Kara ' IB
Eis o que somos
Discutindo o que há entre o céu e a terra
Entre a conquista e o coito

Loiras, Morenas, Mulatas
Belezas da Terra-Paulis...
Tudo por um momento
No tempo...
De caraíbagem...
Único!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TERRA BRASILIS



São João, São José, também São Marias e Antonias, santas; ou Beneditas, benditas!
Terra Brasilis, Terrae incognatae; terra dos excluídos.
Terra ardente, brasis, manchada de vermelho rubro
São corpos ao longo da planície, velhos, mulheres, crianças, índios e negros
Joãos, Josés, Marias e Antonias (massacrados); Belo Monte maculado em escarlate.


Às favas com suas demagogias. Nina, não lhe dou a mínima, não nos interessa seus conselhos
Temos nossos guias: São Zumbi, Lampião e Antônio: Conselheiros!
Terra Brasilis, periferia do mundo, lar de forasteiros
São ébrios nas artes, na vida: Ramalho, Gonzaga, Seixas, Bezerra e Jobim
São Chicos: De Holanda, da ciência... ave César!

Entre o ser e o não ser
Edenizados ou demonizados
Mojica ou Anchieta? Bem, aparências enganam...
Terra de contradições
Terra de paixões ardentes, brasis, brasa incandecente.
Gente de coragem: Joãos, Josés, Marias, Antônias, Beneditas... bendita seja esta terra: Brasilis o nome dela...


Qual deus é o nosso?
O “Bom” Deus?
Não, para além do bem ou do mal!
Não o deus antropomorfo
Antropófago!

Eis o Nosso Deus!
Expressão de Goya
Devorador de homens
Demônio livre
Pelas matas
Sem atas
Sem leis.

Brindemos à ele
Libação orgástica
Banquete Pantagruelico
Brindemos ao deus dos bravos!
Deus antropofágico!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pequeno Manifesto Antropofágico


O bom e velho índio (antropófago).
Destituído da bela natura,lançado na metrópole.
Voraz, desejoso de carne: Vigor para o espírito!
Tributo aos deuses: guerreiros antepassados!
Olha ao seu redor: se estarrece, emudece
(gente louca)
Empalidece,enfraquece, esmorece, desfalece.
Súbita e aterrorizante consternação nietzschiana
(Guerreiro antropófago)
Fenece, bom e velho índio: Faminto...