Dias de sol, pós “filosofações”
Dias de chuva, pós batente
Caraíbagem sempre presente
Reunidos em volta da mesa
Cervejas!
Na pauta: questões existenciais
Politica e Futebol
Amores perdidos e novas expectativas
Queixas do dia-a-dia
De um Ônibus da Zona Sul
Um trem da Zona Leste...
Trivialidades que aprazem...
Two Beers or not two Beers. That is the Question!
Não se precisa de muito
Bebidas e um bom papo
Novos amigos ao redor
Dissipando as cinzas
Por um momento único
Eudaimonico!
Ébrios de cevada e alegria
Num pedantismo pueril
Sophós, Kara ' IB
Eis o que somos
Discutindo o que há entre o céu e a terra
Entre a conquista e o coito
Loiras, Morenas, Mulatas
Belezas da Terra-Paulis...
Tudo por um momento
No tempo...
De caraíbagem...
Único!
São João, São José, também São Marias e Antonias, santas; ou Beneditas, benditas!
Terra Brasilis, Terrae incognatae; terra dos excluídos.
Terra ardente, brasis, manchada de vermelho rubro
São corpos ao longo da planície, velhos, mulheres, crianças, índios e negros
Joãos, Josés, Marias e Antonias (massacrados); Belo Monte maculado em escarlate.
Às favas com suas demagogias. Nina, não lhe dou a mínima, não nos interessa seus conselhos
Temos nossos guias: São Zumbi, Lampião e Antônio: Conselheiros!
Terra Brasilis, periferia do mundo, lar de forasteiros
São ébrios nas artes, na vida: Ramalho, Gonzaga, Seixas, Bezerra e Jobim
São Chicos: De Holanda, da ciência... ave César!
Entre o ser e o não ser
Edenizados ou demonizados
Mojica ou Anchieta? Bem, aparências enganam...
Terra de contradições
Terra de paixões ardentes, brasis, brasa incandecente.
Gente de coragem: Joãos, Josés, Marias, Antônias, Beneditas... bendita seja esta terra: Brasilis o nome dela...
O bom e velho índio (antropófago).
Destituído da bela natura,lançado na metrópole.
Voraz, desejoso de carne: Vigor para o espírito!
Tributo aos deuses: guerreiros antepassados!
Olha ao seu redor: se estarrece, emudece
(gente louca)
Empalidece,enfraquece, esmorece, desfalece.
Súbita e aterrorizante consternação nietzschiana
(Guerreiro antropófago)
Fenece, bom e velho índio: Faminto...
Mais uma vez eu morro
Um coração em decomposição
Seu retrato sobre a estante, sempre zombando de mim.
O velho Daniel’s se foi
Então mais uma vez estou nas ruas
Em busca do que nunca encontrarei
Fumaça de cigarros formam imagens distorcidas
Assustam meu coração...
Vejo que um pequeno cachorro me segue.
Sozinho nessas ruas
Procurando
Sei que não encontrarei
Mas continuo tentando
A chuva cai e congela meus ossos
Diante da multidão penso ver seu rosto
Lágrimas em meus olhos
Meu reflexo distorcido em uma poça
Espelho da alma
Uns goles de Whisky barato aplacará a angústia...
Enfim, parece que tenho um novo amigo...
...A porra do cachorro continua me seguindo